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Catanduvas - Secretarias Municipais de Saúde e de Agricultura alertam para casos positivos de RAIVA no município

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As Secretarias Municipais de Saúde e de Agricultura de Catanduvas, juntamente com a ADAPAR, informam o número de casos positivos para a RAIVA no município e alertam toda a população para a importância e gravidade da doença.

 

Os animais positivos estão distribuídos entre as localidades de Malucelli, Varguinhas, Roncador, Passo Liso, Ervalzinho, Linha Tormenta. Até o presente momento, dia 05/12/23, o município contabiliza 20 animais positivos, testados pelo Centro de Diagnóstico “Marcos Enrietti”, laboratório credenciado a ADAPAR, entre os animais acometidos temos bovinos, equinos, suínos e morcegos.
O que é a RAIVA?
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
Sintomas no animal:
Animais suspeitos de raiva são os que apresentem incoordenação, andar cambaleante, paralisia de membros, salivação intensa, quedas, movimento de pedalagem e morte em até 10 dias do início da doença.
Como é transmitida?
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura de cães e gatos ou por contato com saliva de animais como bovinos, equinos e suínos, na tentativa de ajudar esses animais.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.
Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente, o simples contato com os morcegos contaminados podem ocasionar a transmissão da doença ao humano.
Como prevenir?
No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.
O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico ou enfermeiro, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro. Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre.
IMPORTANTE: Caso o animal adoeça, desapareça ou morra nesse período, informar o serviço de saúde imediatamente.
A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana.
Deve-se sempre evitar de se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou mesmo dormindo.
Nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Vacinar vacas, cavalos, caprinos e ovinos após o terceiro mês de idade e reforçar os que recebem a primeira dose, após 30 dias. Nesses animais, o reforço anual é indicado, da mesma forma que em cães e gatos.
Se houver casos em suínos positivos na região, pedir orientação ao médico veterinário sobre a vacinação dos animais.
É importante salientar, que as vacinas são indicadas para determinadas espécies, vacina de herbívoro não pode ser aplicada em cães e gatos, por risco de não ter efetividade ou ainda causar algum dano ao animal.
Recomendações:
Aos produtores rurais das áreas afetadas pede-se que fiquem atentos a presença de morcegos em suas propriedades. Caso bovinos, suínos, equinos, caprinos e ovinos tenham mudança no comportamento, ou se observe sinal de mordida de morcego manusear os animais somente com o uso de luvas.
Caso haja cães e gatos suspeitos, também se recomenda não entrar em contato direto. Assim como aumentar os cuidados para evitar os acidentes com arranhaduras e mordeduras. No caso de acidentes com esses animais ou suspeita com sintomatologia nervosa (andar cambaleante, salivação excessiva ou comportamento agressivo), os proprietários devem entrar em contato com a Secretaria de Saúde, no departamento de vigilância sanitária pelo telefone (45) 3234 8580, ou dirigir-se a mesma, localizada na Avenida Paraná, 422, Bairro Centro.
Os produtores devem notificar casos suspeitos de raiva ADAPAR pelo telefone (45) 3234 1419 ou diretamente na Unidade, localizada na rua Castro Alves, 305, Bairro Menino Deus, para atendimento e realização de exame laboratorial. Não tem custo e não é prevista nenhuma penalidade nesses casos. Qualquer pessoa que teve contato com um animal raivoso pode ter se infectado e desenvolver a raiva, que é uma doença com alta mortalidade, não existe tratamento depois do início dos sinais clínicos.
IMPORTANTE:
Lei 569/1948 artigo 2, parágrafo único
Art. 2º Serão sacrificados os animais atingidos por qualquer das zoonoses especificadas no art. 63 do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934.
Parágrafo único. Não caberá qualquer indenização quando se tratar de raiva, pseudo-raiva ou de outra doença considerada incurável e letal.
Assessoria

06/12/2023